Mitos sobre os SIG livres

Bem, eu cheguei a esse texto pelo Blog do Markus Neteler, e achei bem interessante e resolvi postar aqui o link da versão traduzida para o português (por Giovanni Manghi):
"Top Ten Myths" publicado no Wiki do OSGeo.
Para ler a versão original acesse: http://wiki.osgeo.org/wiki/Top_Ten_Myths.
E aproveito o tópico para fazer uma lista sobre os Geographic Free/Open-Source Software:
  1. GFOSS é só pra Linux!
  • Não é verdade pois a maioria é desenvolvida como multiplataforma (Linux; Windows e Java, mas tem versões para MacOSX e FreeBSD também).
  1. As bases de dados produzidas em GFOSS se tornam ilegíveis por SIG proprietários!
  • Novamente a maioria dos SIG abertos seguem os padrões estabelecidos pela OGC o que os tornam compatíveis entre si e com muitos programas comerciais. A padronização de formatos da indústria de programas de SIG visa a interoperabilidade entre os programas sejam abertos ou proprietários.
  1. Não adianta o programa ser gratuito se é difícil de produzir dados!
  • Na verdade junto com os programas gratuitos existe também uma profusão de dados abertos e de domínio público, na maioria em formatos padrão que podem ser usados por todos sem custos. Se você acompanha esse blog já viu diversos exemplos!
  1. São difíceis de usar e muito incompletos!
  • Pra começar isso também se aplica aos programas proprietários, o que por outro lado, vemos os GFOSS se tornarem cada vez mais amigáveis e com recursos que vão além dos oferecidos pelos programas pagos. E como não tem custos eles podem ser usados de forma complementar até mesmo de versões básicas de programas comerciais.
  1. Não se pode ter retorno financeiro quando se usa SIG aberto!
  • Tirando algumas exceções (como o SavGIS), a maioria não tem restrição de uso ou mesmo à venda do programa ou de serviços baseados em SIG aberto. A maioria nem é atrelado a nenhuma filosofia e sim surgiram como ferramenta para solucionar um problema e depois são colocados a disposição de outros usuários que queiram utilizá-los, sem que seja necessário pagar ao desenvolvedor do programa ou pedir permisão para alterá-lo.
  1. Livre, Aberto e Gratuito são a mesma coisa!
  • Não, "Software Livre" é uma ideologia social que se refere as liberdades do usuário e não dos programas. Aberto (Open Source) refere-se a forma de distribuição do programa, ou seja o usuário tem acesso ao código fonte do mesmo. Gratuito é a licença de uso do programa, ou seja não se paga pelo direito de uso dele, mas não se pode mexer no código-fonte ou alterar o programa (p.ex. SPRING).
No ultimo item, existe certas divergências o que fez com que alguns desenvolvedores passasem a usar o termo FOSS (Programa Livre e de Código Aberto). Isso já foi discutido aqui e se deve a forma como encaram os programas LCA por parte da FSF de Stalman e a OSI de Torvalds. O primeiro encara tudo de uma forma mais politico-religiosa, como um "Fome Zero" da informação, enquanto o outro busca o lado do desenvolvimento colaborativo para resolução de problemas. Outro termo bastante controverso é entre proprietário e comercial, pois mesmo marcas de programas LCA possuem propriedade, e por outro lado os programas LCA podem sim ser comercializados. Por isso eu prefiro me referir aos programas LCA como Abertos (Open Source) e os de licenças pagas como Comerciais (em referencia ao tipo de licença) e Gratuitos (Freeware) os que não se precisa pagar pelo uso (licenciamento).

Leia também o artigo do Gilberto Câmara (INPE) para a revista InfoGeo (ed.31):
Software Livre para GIS: Entre o Mito e a Realidade e também a apresentação feita por Tiago Melo (comunidadesol.org) sobre "ferramentas GIS livres"(já meio desatualizada).

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